A eficácia e os benefícios das Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais de 3ª Geração
A eficácia das Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais de 3ª Geração (as psicoterapias que eu pratico nas minhas consultas) está comprovada cientificamente(*), constituindo atualmente as terapias mais avançadas e indicadas para as mais diversas dificuldades e problemáticas psicológicas, entre as quais:
- Depressão
- Problemas de ansiedade
- Stress
- Ansiedade generalizada
- Ansiedade social
- Hipocondria
- Ataques de pânico (crises de ansiedade aguda com sensações físicas)
- Perturbação de pânico
- Traumas
- Stress pós-Traumático
- Fobias
- Perturbação obsessivo-compulsiva
- Perturbação bipolar
- Problemas do comportamento alimentar (ex., anorexia e bulimia nervosa, compulsão alimentar, obesidade);
- Problemas relacionados com a perceção da imagem corporal e insatisfação corporal;
- Problemas de autoestima e autoconfiança;
- Perfecionismo;
- Procrastinação;
- Problemas de relacionamento interpessoal e/ou social;
- Problemas do sono (ex., insónias);
- Problemas relacionados com dor crónica;
- Outros…
Entre os numerosos benefícios das Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais de 3ª Geração, destacam-se os seguintes:
- Proporcionam estratégias e competências pessoais para conseguirmos lidar com as mais variadas dificuldades/problemas e desfrutar da vida em pleno;
- Auxiliam o nosso autoconhecimento e desenvolvimento pessoal;
- Promovem uma relação amigável e gentil connosco próprios, de forma sensível e sem julgamento;
- Ajudam-nos a compreender as nossas dificuldades/problemas e como determinados processos psicológicos (ex., pensamentos, emoções, comportamentos) estão associados a essas dificuldades;
- Facilitam a mudança através de uma relação transformadora com os nossos pensamentos, atitudes, comportamentos e sentimentos;
- Proporcionam o desenvolvimento de estratégias e competências, positivas e funcionais, para a gestão dos nossos processos psicológicos (ex., pensamentos, comportamentos, sensações corporais e sentimentos) e das nossas dificuldades/problemas;
- Facilitam o desenvolvimento de competências para nos tornarmos capazes de prevenir e resolver eventuais dificuldades futuras (ex., prevenção de recaídas).
Por fim, destacam-se ainda diversas vantagens destas terapias de 3ª geração(*), entre as quais:
- Estas terapias, ao promoverem o desenvolvimento de estratégias e competências (ex., cognitivas, comportamentais, emocionais e outras), ajudam a tornarmo-nos autónomos e independentes da terapia, para sermos capazes de solucionar os nossos próprios problemas/dificuldades;
- Por se tratarem de diversas psicoterapias que funcionam de forma integrada, proporcionam uma maior variedade de técnicas e estratégias, o que permite tratar uma maior variedade de problemas e/ou dificuldades, e, por isso, ajudar mais e melhor as pessoas;
- São as psicoterapias que acumulam o maior número de estudos científicos(*) a comprovar a sua eficácia, ao longo de várias décadas e gerações;
- Apresentam resultados mais rápidos e duradouros, e, por isso, têm uma melhor relação custos-benefícios (ou seja, com um menor número de consultas, conseguimos melhorias significativas ao nível da nossa saúde psicológica e do nosso bem-estar emocional);
- A duração destas terapias de 3ª geração é mais curta, comparativamente com outras terapias (ex., Psicanálise, Terapia Psicodinâmica, Terapia Humanista e outras);
- Por terem uma melhor relação custos-benefícios e uma duração mais curta, tornam-se psicoterapias menos dispendiosas a médio e longo prazo;
- São as psicoterapias que estão mais desenvolvidas até aos dias de hoje, apresentando resultados terapêuticos mais sustentáveis e duradouros a longo prazo;
- Os estudos científicos(*) demonstram que estas psicoterapias são tão, ou mais, eficazes do que outras formas de tratamento, como a medicação psiquiátrica, outras psicoterapias e terapias alternativas.
Em suma, as Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais de Terceira Geração constituem atualmente as terapias que oferecem mais benefícios e vantagens às pessoas que procuram fazer psicoterapia. No entanto, os avanços na área da psicoterapia são visíveis, sobretudo, internacionalmente. Em Portugal, a evolução e os avanços no contexto clínico têm surgido a um passo lento. Isto acontece porque muitos psicoterapeutas ainda praticam atualmente as terapias clássicas e mais antigas (ex., Psicanálise, Terapia Psicanalítica, Terapia Psicodinâmica, Terapia Humanista, e outras), e, a maioria dos psicoterapeutas que segue a abordagem cognitivo-comportamental continua a praticar, ainda hoje, apenas a Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. E, por isso, ainda somos poucos psicoterapeutas em Portugal a praticar as Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais de Terceira Geração.
A Psicoterapia é uma viagem de descobertas, aprendizagens, crescimento e desenvolvimento pessoal. Iniciar uma psicoterapia é um gesto de amor-próprio, porque decidimos cuidar de nós e das nossas emoções de forma gentil e amigável. É como aprendermos a dar a mão a nós próprios e a levarmo-nos ao colo (emocionalmente) ao longo da nossa vida, sobretudo, nos momentos mais difíceis… É uma experiência muito reveladora e transformadora, porque aprendemos a estar connosco próprios e a desfrutar da vida de uma forma muito mais harmoniosa, pacífica, serena, feliz e plena… (Cláudia)
Saiba mais:
– As Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais de Terceira Geração
– A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental
– A Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness
– A Terapia da Aceitação e Compromisso
– A Terapia Focada na Compaixão
– A Terapia Comportamental Dialética
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(*) Fontes e referências:
Depreeuw, B., Eldar, S., Conroy, K., & Hofmann, S. G. (2017). Psychotherapy Approaches. In S. G. Hofmann (Ed.), International Perspectives on Psychotherapy. Springer International Publishing.
Hayes SC, & Hofmann SG. (2017). The Third Wave of Cognitive Behavioral Therapy and The Rise of Process-based Care. World Psychiatry, 16(3), 245–246.
Kahl K.G., Winter L., & Schweiger U. (2012). The Third Wave of Cognitive Behavioural Therapies: What is new and what is effective? Current Opinion in Psychiatry, 25(6), 522–528.